31 de jul. de 2011

O que desejas?

“Era uma vez um pedreiro muito pobre que ganhava a vida trabalhando numa pedreira. Um belo dia, após muitas orações, um gênio apareceu para ele e lhe concedeu um desejo, e excepcionalmente, este pedido poderia ser trocado por outro.
De imediato o pedreiro pediu para ser muito rico, e assim foi. Já rico e perdido entre tanto ouro e outros tesouros percebeu que faltava algo. Como tirar proveito daquilo tudo? Pediu então ao gênio que o transformasse em um nobre, e assim foi.
Já como um nobre que usufruía de muito luxo e requinte, percebeu que faltava algo. Ele obedecia ao rei que tinha mais poder do que ele e a quem todos reverenciavam. Pediu então ao gênio que o transformasse em rei, e assim foi.
Já sendo um poderoso rei dono de um lindo castelo com muitos súditos, percebeu que faltava algo. Um dia passeando pelos jardins do castelo sentiu o calor e a luz do sol, e lhe veio a certeza: era isso o que queria! Pediu então ao gênio que o transformasse no sol, e assim foi.
Já como o sol, radiante e senhor dos céus, foi surpreendido por uma grande nuvem que o encobriu. Vendo que a nuvem tinha mais poder que ele, pediu então ao gênio que o transformasse numa nuvem, e assim foi.
Já como uma grande nuvem que ocupava quase todo o céu, se viu sendo levado pelo vento que soprava livremente para onde queria. Como não tinha nenhum controle sob a direção do vento, pediu rapidamente ao gênio que o transformasse em vento, e assim foi.
Já soprando livremente pelos céus como o poderoso vento, se viu agora barrado por uma grande e intransponível montanha. Como nada podia diante dela, pediu depressa ao gênio que o transformasse em montanha, e assim foi.
Já sendo a majestosa montanha começou a sentir uma dor terrível que vinha em pontadas lá de sua grande base. Quis saber o que provocava essa dor, quem era mais forte que a montanha e pediu ao gênio que o transformasse nessa força, e assim foi.
E o gênio transformou-o de novo no pedreiro que trabalhava em uma pedreira.”

Desejos são assim, um começo sem fim, uma busca eterna de algo a mais. Essa busca pode facilmente ser direcionada para um fim, para aquilo que, quando conquistado, trará a tão esperada felicidade. Mas a satisfação não será completa, faltará algo, sempre. Então um novo desejo se apresenta e uma nova busca se inicia. Desejos são assim, uma eterna falta.



É possível sair desse ciclo? Como?

Como conduzir essa imensa força (desejar) que nos mobiliza tanto?


27 de jul. de 2011

Libertação


Esse é um relato raro, o relato de um sobrevivente de desastre aéreo. Fato realmente raro e notável, pois nesse acidente o piloto conseguiu pousar o avião num rio e todos os passageiros sobreviveram! Apesar disso, o relato fala de algo nada raro, de algo certo, da regra básica e primeira da vida, ele fala da morte.

Definitivamente esse não é um assunto atraente hoje em dia, é muito mais estimulante falar de sucesso, de saúde, de felicidade, de prazer, de qualidade de vida. A morte, a grande estraga prazeres, aquela que, quando é lembrada, acaba se resumindo em: "aí meu Deus, ... ela é triste, é assustadora, é deprimente, é para a velhice, é para os outros, é ......, aí, mais que assunto mais chato esse, precisa falar disso bem agora!". Acho que nos faltam palavras para falar dela e para pensar sobre ela, e o melhor que conseguimos fazer é afastá-la o máximo possível da nossa vida diária. Mas essa atitude defensiva pode impedir um entendimento mais profundo da vida e do que fazemos com ela.

Há 2000 anos o Yoga Sutra, livro de referência para a prática do yoga, já cita a morte como uma fonte de sofrimento humano. São listados cinco males que inevitavelmente geram dor e sofrimento, a morte é o quinto e último deles, vindo depois da ignorância, do egoísmo, da paixão e do ódio. O sutra diz assim: "Mesmo em uma pessoa sábia, a vontade de viver, movida por desejos pessoais, é profundamente enraizada." Desejos pessoais aqui se referem ao apego que temos aos nossos planos, às nossas intenções, ao nosso senso de controlar e dirigir tudo em nossa vida. A morte é a grande perda, é a grande derrota para o ego controlador. A vontade de viver é a vontade de controlar, de lutar, de não se entregar, de se manter apegado à vida. Tal empreendimento traz o inevitável medo da morte, da idéia do fim, sendo esse talvez o sentimento humano mais básico, o alicerce de muitas construções mentais e emocionais.

O trágico e irônico dessa situação é que nos apegamos à vida e não a vivemos plenamente, nos perdemos na fantasia de sermos eternos e protelamos o viver aqui e agora. A aceitação da morte é uma grande libertação, é largar a grande ilusão que carregamos obstinadamente, a ilusão de que temos total controle. Tudo isso pode parecer muito filosófico, distante da nossa vida real, mais é exatamente o que esse "sobre vivente" nos fala de maneira tão simples, forte e verdadeira.   
   
Agradeço a Solange por ter me mandado esse vídeo que me fez tão bem.

24 de jul. de 2011

Saindo do familiar


Acabei de assistir o filme “Rio” em família. Dei boas risadas, me empolguei, foi uma boa diversão. A animação conta a história de Blue, um raro exemplar de arara azul brasileira, que nas mãos de contrabandistas, acaba se tornando um animal de estimação num país distante e frio. A aventura envolve as suas descobertas de que é um animal selvagem, de que é capaz de voar, coisa que não sabia fazer, e de que necessita ficar com os da sua espécie, e não apenas entre os humanos.

Lembrei-me então da história “A águia e a galinha” contada por Leonardo Boff. É sobre um filhote de águia que caiu do ninho e foi tratada como se fosse galinha por um camponês.  Mais tarde, com a ajuda de um amigo do camponês, a águia que se achava galinha consegue resgatar seu espírito de águia, pára de ciscar o chão e ganha os céus, voando agora como uma águia.
Essas duas histórias trazem uma forte imagem sobre a condição humana. Todos nós somos ao mesmo tempo galinhas e águias, temos o doméstico e o selvagem em nós. E como consequência disso, sofremos o conflito entre esses dois espíritos tão distintos e tão importantes. O doméstico diz respeito ao que é conhecido, ao que é seguro, ao que nos é familiar. O selvagem é o que nos faz sentir a alma, a vida pulsando mais intensamente, é quando nos redescobrimos, nos surpreendemos, quando vamos além do território familiar. É verdade que precisamos da segurança do doméstico, do galinheiro para viver, e isso envolve as rotinas, as previsões, os confortos, as convenções sociais, os padrões, as certezas sobre quem somos. Mas, também é verdade que é nessa condição que corremos o sério risco de estagnar, de nos defender sistematicamente das surpresas, do inesperado, do novo. Passamos então a não ter mais espaço para sermos diferentes, para nos superarmos, encolhemos as asas que permitem voar alto.
No filme, Blue conseguiu voar e viver na floresta com uma nova companheira, mas para isso precisou enfrentar medos e questionar certezas que tinha sobre quem era. Precisou abrir mão das acomodações que tinha sendo um animal doméstico, precisou suportar e superar o conflito entre continuar a ser um animal doméstico ou aventurar-se em ser um animal livre, selvagem.  Tal conflito é o próprio motor da transformação, é onde surge a oportunidade real de mudança. É nesse confronto entre ficar no familiar e ir além do familiar que percebemos que somos mais do que julgávamos, ou melhor, de que não somos apenas o que achávamos que éramos.
Esses momentos de conflito e transformação ocorrem no transcurso da psicoterapia e na prática do yoga. Os dois, psicoterapia e yoga, são fermentos para mudanças, são plataformas para se alçar vou. Nos asanas esse conflito com o novo fica muito evidente e concreto quando colocamos o corpo em situações novas, desafiantes, e ele reage se defendendo com dor, medo, distração, desequilíbrio, estranheza e cansaço. O novo não acontece de imediato, o padrão não cede gratuitamente. Assim como Blue, pagamos um preço para sair do doméstico e voar por céus diferentes.

Utthita Trikonasana


Utthita Trikonasana
Utthita: estendido 
Trikona: 3 ângulos, triângulo
Postura do triângulo estendido

Este asana tonifica e fortalece os pés e as pernas, elimina a rigidez dos quadris e desenvolve todo o tronco. Tal como numa pirâmide, o trikonasana deve possuir uma boa base, e isso serve também para muitos outros asanas de pé, uma ampla e firme base de pés, pernas e quadris que vão sustentar o resto do corpo.

20 de jul. de 2011

Re começando

Com esta postagem estou dando continuidade ao mesmo blog, mas agora em novo endereço. Essa pequena mudança poderia passar desapercebida, mas acabou mexendo comigo.

Quem montou todo o blog antigo foi meu sobrinho e ele, como todos os de 14 anos, sabe tudo de computador e de internet. Ele fez um trabalho muito bom, só que eu continuei como antes, um completo analfabeto na linguagem virtual. Durante um tempo foi tudo bem, eu escrevia o texto e seguia o roteiro que ele me deu para publicar, as coisas estavam funcionando. Mas então quis fazer algumas alterações no blog e mal conseguia explicar o que queria. Era muita ignorância da minha parte, e o pior, tinha a convicção de que não me dava com o computador, simplesmente não era para mim e ponto.

Bem, aí é que vem a parte gostosa da história. Cismei que não dava mais, agora era questão de honra, iria eu mesmo fazer o meu próprio blog. E fiz! Foi uma delícia ir descobrindo como montar, como escolher o que queria, ir testando, descobrindo, experimentando, e vendo que conseguia. Me senti um moleque encantado em fazer e empinar sua primeira pipa. Nada pode ser mais interessante do que esse momento da descoberta, o precioso momento de se abrir um baú secreto e ver o que tem dentro.

Sei que essa minha conquista pode ser quase nada hoje em dia, mas só a conto para destacar um pequeno detalhe: eu acreditava de verdade que isso não era para mim! Estava refém de uma certeza que me limitava, e assim como esta, sou refém de várias outras que tenho clareza agora e de várias outras que mal posso imaginar. Essa é uma forma de auto encarceramento. Yoga é um caminho de libertação, uma forma de ir além dos limites que colocamos em nós mesmos, para o que quer que seja. Desfazer esses bloqueios internos é alvo da prática do yoga.    

Bem, o blog está re-montado, espero que gostem e agradeço ao meu sobrinho pelo empurrão no tio "des-virtuado".

13 de jul. de 2011

Feche o vazamento, isso também é yoga

Dentro do vasto conhecimento do yoga um cuidado sempre é lembrado, sem o qual, muito do que se conquista é perdido. No yoga se evita sempre o vazamento e o desperdício. Esse cuidado é algo simples e suas conseqüências são facilmente observadas no dia a dia, como por exemplo, a forma como estamos consumindo a nossa preciosa água. O vazamento no ser humano ocorre de muitas maneiras e em todas elas se perde energia, consciência e autonomia. A prática do yoga vai reconhecendo essas formas de vazamento e algumas soluções se tornam possíveis.  
Um grande vazamento é o queixar-se constantemente de tudo e sobre tudo. O tema pouco importa, a situação pouco importa, o que importa de fato é ter a oportunidade de re-clamar, de lamentar as misérias da vida. Se há algum desconforto real, e sempre haverá, o lamento será em dobro, multiplicado, intensificado, às vezes dramaticamente. As desgraças do mundo são todas apontadas, lembradas, abraçadas, nenhum sofrimento e nenhuma dificuldade é descartada. Essa é aquela queixa compulsiva, automática e gratuita. Aqui o mundo todo conspira para atrapalhar a vida do pobre coitado, que se coloca assim mesmo, como vítima das injustiças cometidas contra sua infeliz pessoa. Essa postura sustenta uma irresponsabilidade, pois o reclamão teria uma vida muito melhor se não fossem os outros, se não fosse a falta de dinheiro, se não fosse... (e aí pode vir aquela ladainha de queixas). Nessa queixa não há intenção de transformação, não há mobilização para uma mudança, há apenas o prazer é o queixar-se livremente, de deixar vazar.
Tal como o intestino solto, a queixa solta esgota quem dela sofre. Mas o pior é que ela contagia quem está perto. É impressionante como queixar-se é uma eficiente forma de puxar conversa com quer que seja. É só reclamar do tempo, do prefeito, da seleção, das dores, dos tempos atuais, do banco... vale qualquer assunto, e um calorosa conversa começa, cada um desfiando suas legítimas e dolorosas queixas.
Para tal vazamento só há uma saída, fechar a boca! Não morder a isca da queixa como assunto, como pretexto. Mas isso pode não bastar, pois o vazamento pode ocorrer agora como uma silenciosa infiltração, na forma de pensamentos queixosos. Para esse tipo de vazamento é preciso clareza mental, pois só ela é que fará o corte daquela tentadora reclamação com o trânsito, por exemplo.
Fechar o vazamento da queixa constante é deixar de perder energia (prana), é falar menos besteira, é silenciar mais a mente, é ficar mais atento, é largar a carniça.

Um ídolo?


Sou fã dos Beatles. Sou fã em particular de John Lennon e George Harrison. A música deles me emociona, sempre. Digo isso, pois talvez o que vou escrever esteja influenciado por essa questão afetiva.

Em 1970, ano do fim dos Beatles, John Lennon gravou uma música muito significativa. Era o momento de cada um deles seguir sua própria vida, agora não mais como um beatle, e era também o momento de se rever muito da utopia prometida pelos anos 60. A música chama-se God, nela John fala de suas convicções sobre a vida fazendo uma série de polêmicas afirmações, ente elas, a de que o sonho acabou. Mesmo não sendo sua intenção, a letra da música tem uma profunda postura yogui. Nela, John vai desfazendo várias instituições sociais de valor, quase sempre, inquestionável. Cita a religião, a política, personalidades, artistas de referência, saberes místicos e até mesmo o yoga. Desfaz inclusive dos Beatles, fenômeno que influenciou boa parte do mundo, e do qual ele foi um pilar. Diz que agora ele é apenas o John, e não mais o fazer de sonhos de antes, e que só acredita nele e no amor que pela parceira Yoko. Essa postura de questionamento e de busca de verdades próprias se assemelha muito com a postura necessária para o caminho do auto conhecimento.

É preciso acreditar na própria experiência, e isso implica movimento, mudança. Por maior que seja a obra, uma hora é preciso deixá-la e ir adiante. Por maior que seja a segurança de uma crença, é preciso questioná-la pela própria experiência. Por maior que seja o ídolo, é preciso matá-lo para se ser alguém. A mochila precisa estar leve para a caminhada. A crença, seja no que for, pode ser como um óculos que distorce a visão clara e profunda.

O yoga não é uma crença e só acontece quando nos aventuramos na auto descoberta, quando saímos da zona de conforto, quando abrimos mão de buscar apenas confirmações para o que já sabemos, para o que já concluímos. É preciso desapego, é preciso se redescobrir. Ficar atado ao que já foi feito pode ser uma prisão, pode ser um impedimento para se ir além. Nem sempre é fácil deixar para trás e seguir, existem muitos apegos, mas isso é possível, largar a segurança de se ser um ídolo e se tornar um caminhante.

6 de jul. de 2011

Nada como um banho, FRIO!

Estamos em pleno inverno e esse é um momento propício para se ter uma experiência transformadora, altamente estimulante. Nada como o frio para se sentir o poder do banho frio. Estamos acostumados ao conforto, ao mínimo esforço, ao não ter de suportar qualquer desprazer, e aí entra a necessidade daquele banho longo, quentíssimo, como condição para termos o prazer de tomar banho.

O banho frio é não é uma penitência, é uma forma poderosa de se ter prazer e bem estar. Ele revigora todo o organismo, estimula os orgãos e a circulação, desperta o cérebro e a mente, aumenta o auto controle e a determinação. Mais do que limpar o corpo, o banho frio ativa o corpo e a mente, deixando-os despertos e prontos para agir. Todos esses efeitos são decorrentes das reações do corpo com a água fria, o choque das temperaturas produz esses benefícios.

Como tomar o banho frio? A princípio apenas desligando o chuveiro, mas isso pode ser feito em etapas. Primeiro tome o banho com a temperatura que lhe for agradável, se ensaboando e massageando a pele, dê preferência a uma bucha que gere algum atrito. Quando for se desensaboar desligue o chuveiro e tome uma ducha fria. Se preferir, tome a ducha fria já com o corpo limpo. Pode-se ainda, após a ducha fria, tomar um rápida ducha com a água morna só para aquecer levemente a pele. O que é prejudicial para a saúde é ficar muito tempo na água fria, o que vai gerar algo bem diferente do estimulante contraste de quente e frio.

Experimente, e se você não aderir definitivamente, pode pelo menos ter a satisfação de ter enfrentado um "monstro terrível", o tal do banho frio.

3 de jul. de 2011

A criança e o adulto distraído


      Pego meus acessórios e vou praticar no quintal. Um pouco de sol e muitos asanas, nada melhor. Mas, percebo então que meu vizinho, que tem uma banda, está ensaiando. Tudo bem é só não dar atenção. Mas, de repente minha filha resolve vir brincar perto de mim. Tudo bem, ela é ótima companhia. Mas, sinto então meu corpo duro, dolorido, sem força. Tudo bem, daqui a pouco ele desperta, é só começar. Bem, na verdade, com todos esses poréns, não foi tão fácil assim começar essa prática.



    No meio de todos esses "mas" que foram se acumulando em poucos instantes, eu fui me perdendo. Me vi no meio de uma confusão, de um tiroteio de estímulos diferentes que me deixaram desnorteado. A música, minha filha chamando, meu corpo estranho, minha vontade, tudo isso estava desencontrado, em conflito. Nessa hora tive vontade de guardar os acessórios e ir pra dentro, para, sei lá, ver TV, tomar banho, lavar louça, ir fazer compras, ouvir música, qualquer coisa, menos estar comigo, menos me suportar. Não cheguei a ficar irritado, apenas desencontrado, e a vontade de praticar quase se desfez. 



    Precisei então daquele segundinho milagroso, de que precisamos às vezes, para pegar nossa rédea nas mãos. Foi como ter de puxar uma conversa sem ter assunto ou como começar a escrever sem inspiração, meio que na marra, mas foi. Quando me dei conta já sentia no meu corpo a força e energia dos asanas, a música que ouvia agora era da minha respiração e da doce voz de minha filha brincando e cantando. Nem sei quando a banda parou de tocar, só sei que duas horas depois eles não estavam mais tocando. 



   Qual foi a mudança? O foco da atenção. Em determinado momento saí da confusão que estava e entrei na prática, que nada mais é do que focar a mente, estar presente e testemunhar o que acontece. A primeira reação que tive ao me sentir confuso foi a de buscar distração, de ir para qualquer atividade externa. Esse movimento para fora é oposto ao da prática, que leva para dentro, para a mente testemunha.



   Mas bom mesmo foi perceber que havia mais alguém praticando comigo. Alguém que sem nenhum conflito pode entrar no estado de atenção e se torna totalmente presente. Alguém que tem como "prática" a liberdade absoluta de brincar. Uma pequena flor de Liz com 5 anos de idade, minha filha.



2 de jul. de 2011

Bom para se ler e consultar


"Iyengar yoga: posturas principais" de B.K.S. Iyengar, Editora Cores & Letras. Neste livro, todo ilustrado com fotos coloridas, Iyengar comenta alguns aspectos da filosofia do yoga e ensina em detalhes 23 asanas. Cada asana é mostrado em pormenores através de fotos em rotação, descrevendo ações e cuidados. Ótimo acompanhante para as primeiras práticas e também para as mais avançadas.