19 de mar. de 2012

Ao mestre com carinho

Felizmente tive na vida muitos professores e alguns mestres. Professores ensinam e indicam caminhos. Um mestre é o próprio caminho e nos transforma apenas pelo fato de ser quem é. Estar com ele é quase sempre impactante e dificilmente se sai ileso desse encontro.

Tive um querido mestre já se foi, e deixou em mim um grande vazio. Dói a ausência de um parceiro inacreditável para experimentar o novo, o verdadeiro, o sutil. Um parceiro com quem eu podia dividir descobertas, risos, fantasias, viagens, intimidades e o que mais a vida propusesse. Como sinto falta de conversar com ele, de contar minhas experiências e ouvir as suas, e juntos, fazermos associações e termos insights (meu Deus, quanta conversa para colocar em dia com ele!). Ele era alguém que estava sempre disponível ao outro, não só para acolher, mas também para provocar e gerar crescimento. Alguém que não apenas defendia uma proposta de vida ou teoria, mas que era a própria proposta de vida encarnada. Alguém que não tinha medo de pagar o preço se comprometer com o que acreditava. Alguém que encontrei num momento confuso e fértil da minha vida e que me autorizou a mergulhar e a procurar o meu próprio caminho.

Neste fim de semana encontrei com velhos amigos que também desfrutaram da companhia desse mestre, e que também foram marcados pelo rico encontro com ele. Foi muito bom estar com eles e perceber o quanto esse mestre e esses amigos são importantes na minha vida. Que privilégio e que benção tê-los conhecido-os!
E, mais que tudo, quanta saudade do querido mestre Elias!


Escrevi este texto ouvindo “Canção Agalopada” do Zé Ramalho, uma música que para mim descreve o Elias, principalmente no trecho:
           “Prefiro um galope soberano à loucura do mundo me entregar”

2 comentários:

  1. Muito bom lembrar este Mestre galopante... e rever queridos que aprenderam a se aventurar nos diversos mundos...

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