14 de mar. de 2012

Plantando e colhendo


A prática de yoga e meditação sempre me reservam algumas surpresas. Posso realizar as mesmas técnicas e tentar colocar sempre o mesmo empenho, mas isso não garante necessariamente muita coisa. O fruto que terei da prática não está em minhas mãos. Não sei se virá e quanto virá.

Ultimamente já estava até me acostumando com minhas meditações um pouco sonolentas e sem nada de novo. Mesmo me sentindo estacionado numa rotina meio tediosa continuei meditando diariamente. Hoje cedo, ao me sentar para meditar, estava sem nenhuma pretensão sobre como ela seria, não esperava nada dela e nem de mim. E assim vazio, fui visitado por uma brisa que me trouxe novos ares. A meditação se fez presente.

Esse é um aprendizado que se aplica à vida. Nela, o que nos cabe? Preparar a terra, plantar as sementes, afastar as pragas e regar as plantas. Quando choverá? Não sabemos. Quando os frutos virão? Temos uma idéia, mas não temos o poder de fazer isso acontecer, no máximo facilitamos o processo. O trabalho é nosso, os frutos não. Os frutos são presentes que podemos receber ou não, agora ou depois.

Portanto, não larguemos o trabalho.  

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