O yoga é uma tradição que se sustenta na relação direta entre mestre e discípulo. Desde sempre a filosofia e as técnicas do yoga foram passadas pessoalmente, dentro da intimidade e da longa relação entre um professor e seu dedicado aluno. Só dentro desse contexto de entrega e confiança é que o aluno poderia se desenvolver e aprofundar sua prática. Sem essa relação de aprendizagem, e amizade, o yoga não existe, e certamente não teria chegado até nós, ficando perdido no tempo. Hoje é possível ter contato com o yoga por livros, CDs, DVDs, internet e cursos rápidos de alguns dias, mas apreender e desenvolver, só mesmo numa relação próxima com um professor. Você acha que seria possível perceber, e realizar, as inúmeras correções e detalhes dos asanas dentro do método Iyengar através de um livro?
Mas esta situação de professor (aquele que pode orientar) e aluno (aquele que tem a aprender) não é exclusiva do yoga, ela é uma condição presente em qualquer atividade humana. Sem ela não seríamos sequer humanos, pois não teríamos acesso à cultura acumulada no decorrer da história. O professor é uma ponte que permite chegarmos até a outra margem, e durante a vida passamos por muitas pontes. E um detalhe, independente de assumir o papel de professor, somos também em muitas situações, pontes, professores.
Apesar do atraso, deixo aqui meu profundo agradecimento aos muitos professores que encontrei pelo caminho e que me levaram até a outra margem. Por quanto ou á quanto tempo, não importa, o que e como aprendi, também não importa. Só importa que com eles transformei-me e fui um pouco mais além.
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