Disponibilidade é uma chave que abre muitas portas, uma
ponte que aproxima muitas margens. Ela é o grande lubrificante das relações
humanas, da aprendizagem, das mudanças. Sem disponibilidade não existe
professor, pois não existe espaço para troca, e nem existe o aluno, pois não há
espaço para o novo. O professor alimenta-se da abertura do aluno em querer ir
além de onde está, de seu mundo já conhecido. Se não houver disponibilidade no
aluno em adentrar por novos territórios, resta ao professor pouco a fazer, no
máximo um belo discurso (para ninguém). Por sua vez, se houver pouca
disponibilidade no professor para estar próximo de seu aluno, para deixar-se
tocar por ele, e assim, compreender seu mundo, pouco ele irá aprender, pouco ele
irá além do que já conhece. Um professor que não é capaz de aprender é, no
mínimo, uma grande contradição.
Sem disponibilidade a aprendizagem significativa, aquela que
vale a pena, não pode acontecer. Sem disponibilidade não há transformação, não
se sai do mundo já conhecido. Sem a presença da disponibilidade nenhum casal é
possível, não há relação que sobreviva sem ela, e isso inclui o casal professor/aluno.
Porém, quando ela está presente, a dança acontece e o casal se expande, vai
além, se surpreende com o que é capaz de criar, e talvez até surja uma
esclarecedora pergunta entre eles: mas afinal, quem ensina quem?
E é essa a minha
constatação agora após o encontro, uma grande satisfação em ter trocado
experiências e momentos com pessoas disponíveis, o que aumentou a minha capacidade
de estar disponível. E disponibilidade é a terra fértil onde o yoga pode
brotar e florescer.
Parte do grupo que se dispôs escalar o monte
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