“A via de Chuang Tzu”, Thomas Merton, Ed. Vozes. Carreguei este livro na bolsa em boa parte do ensino médio e da faculdade, estava sempre o folheando e relendo-o. Algumas coisas nele eram etéreas demais para mim, e ainda o são, mas algumas eram cristalinas, diretas, férteis, simples e reveladoras. Para mim este é um livro de cabeceira, para se ter sempre a mão, para ser tomado em doses homeopáticas por toda a vida. Thomas Merton foi um professor e monge cristão que trilhou e mergulhou nos caminhos da contemplação. Foi um dos pioneiros no diálogo ecumênico da igreja cristã com as religiões orientais, principalmente o budismo. Encontrou o filósofo/sábio chinês Chuang Tzu, se encantou por sua visão e fez uma coletânea pessoal de seus escritos, que resultou neste pequeno e precioso livro.
Chuang Tzu foi um grande mestre e divulgador do taoismo, viveu na China em torno de 300 a.C. Seus textos e poemas são ao mesmo tempo profundos, simples, geniais, irônicos e sutis. Em poucas e precisas pinceladas ele retrata um universo onde o homem só é pleno por estar no fluxo do Tao, como um rio, sem medo, sem divisões, sem conflitos.
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